quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O embate psicológico da inveja: Mecanismo de defesa ou vileza?

A inveja está presente em todos os âmbitos sociais, inclusive na igreja, mas antes de falarmos sobre ela na prática do dia-dia, estaremos transcorrendo sobre suas causas e origem. Um dos nossos principais erros é confundir a inveja com a cobiça, no geral, a inveja é um sentimento de tristeza, um complexo de inferioridade, bem diferente da cobiça, que consiste em querer ter o do outro.

O problema é que se não soubermos diferençar entre uma e outra, provavelmente não saberemos distinguir a diferença entre, se sentir menor do que o outro do ato de querer o que o outro tem (ambição). Na Bíblia, vemos está diferença através do texto de Dt 5.21, que fala da cobiça, confira “Não cobiçarás a mulher do teu próximo; e não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”. Note que cobiçar é querer ter o que o outro possui, já a inveja está bem explícita no texto “Quando os judeus viram a multidão, ficaram cheios de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo estava dizendo” (At.13:45), se prestarmos bem atenção, os que tentavam contradizer Paulo, os judeus, o fizeram porque se sentiram inferiores, no contexto próximo, observasse que, Paulo e Barnabé foram bem aceitos de primeira vista, ao pregar a verdade das boas novas no sábado anterior e até teriam sido convidados para palestrar no outro sábado, mas o que os judeus menos esperavam aconteceu, a notícia teria se espalhado e a sinagoga estava lotada como nunca, principalmente de gentios que queriam ouvir a Palavra, segundo o próprio texto, a sinagoga ficou abarrotada porque “quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do Senhor” (Atos 13:44). Os judeus, invejosos no ato, não queriam ter o discurso de Paulo, nem tampouco falar como ele, mas não queria reconhecer o poder da Palavra do Cristo ressuscitado, o Jesus. Sentiram-se tão inferiores, pois observaram que aquele evangelho arregimentou uma multidão, atraiu novas pessoas para ouvir a Palavra, caracterizando a inveja.
O problema da inveja, é que, sempre vem carregada de outros sentimentos posteriores, a inveja que é a incapacidade de se conseguir ser igual ou melhor do que o outro cria um imediato sentimento, complexo de inferioridade, daí, esta patologia psicológica produz outros sentimentos e ações que podem provocar até um homicídio. Foi o caso de Gn 4.8, quando Caim após ter inveja de seu irmão Abel, que produziu um melhor sacrifício (aceito por Deus), alimentou o sentimento de vingança, como se Abel fosse um concorrente, sendo que, Deus, jamais colocou Abel como superior a Caim, nem tampouco mostra que Abel falou “Vou fazer um sacrifício melhor do que Caim”, pelo contrário, em seu coração, Abel firmou um compromisso próprio de fazer o melhor para Deus. Independentemente das ações de Caim, Abel, inocentemente, nem sequer percebia a inveja do irmão. O sentimento de vingança criado por Caim em seu coração debalde, mas por causa de sua briga psicológica e espiritual intrapessoal, comete um homicídio e desgraça, por causa da inveja, a humanidade com homicídios que acontecem cada vez mais sem motivos óbvios.
Este sentimento, chamado inveja, tem origem em latim, “invidere que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, o que gera, até hoje, cada vez mais confusões e interpretações errôneas” (WIKIPEDIA).
Sabendo-se de seu significado e prática, agora vamos “psicologizar” um pouco. O sentimento de inveja tanto pode ser uma vileza, como uma defesa, ou melhor, a Bíblia diz que “a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30b), isso quer dizer que aquelas pessoas que alimentam a inveja estão fadadas a serem destruídas, é como uma doença cancerígena que ataca os ossos, uma osteoporose espiritual, quem a possui, não consegue viver saudavelmente, mas se interessa em se inferiorizar aos outros, ou pela incapacidade física, ou pela incapacidade intelectual, ou até por incompetência, mas esse sentimento não pode ser confundido ao de humildade, porque a inveja é vil, ela tem abjeção, é desonrosa porque após o nascimento desse sentimento as reações adversas são de caráter malévolo, sua consequência é o desprezo aquele que o ameaçado se sente inferior, expulsão, exclusão e perseguição. Quantos irmãos que buscam o conhecimento da Palavra não são perseguidos e sofrem por causa da inveja de líderes inescrupulosos.
Outra opinião da psicologia em relação a inveja é que pode ser considerada como uma formação reativa, mecanismo de defesa criado por alguém se sentir inferior, ou seja, defesa do mais fraco em relação ao mais forte. Caso de (At 13.45). Em suma, “A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la”. (WIKIPEDIA).

Algumas referências sobre inveja na Bíblia, retirados de Bíblia online

2 comentários:

  1. E aí professor, acho que tenho inveja de pessoas inteligentes assim como você. Vai me repreender?
    kkkk

    ResponderExcluir